King James 1611 (BKJ)

A tradução King James, publicada em 1611 por ordem do rei James I da Inglaterra, é uma tradução bíblica muito amada e respeitada ainda nos dias atuais.

Conheça na nossa seção de perguntas e respostas os principais características desta tradução.

A tradução da Bíblia King James, conhecida em português como Versão Autorizada de King James, King James 1661 ou simplesmente King James é um marco histórico na história das traduções bíblicas. Foi encomendada em 1604 pelo rei James I da Inglaterra e publicada pela primeira vez em 1611. O objetivo era criar uma versão da Bíblia que fosse autorizada para leitura nas igrejas da Inglaterra, superando as divisões e as controvérsias associadas às traduções anteriores.

A elaboração da Versão King James envolveu uma equipe de cerca de 50 tradutores, que foram divididos em seis grupos, trabalhando em diferentes partes da Bíblia. Esses grupos estavam sediados em três locais: Oxford, Cambridge e Westminster. A metodologia de tradução foi meticulosa, com cada grupo trabalhando em uma parte específica das Escrituras e depois revisando o trabalho dos outros grupos. O projeto levou cerca de sete anos para ser concluído.

A Versão King James foi projetada para ser não apenas uma tradução fiel das línguas originais, mas também para refletir a majestade e a beleza do inglês da época. Buscou-se um equilíbrio entre a precisão textual e a eloquência literária, o que a tornou extremamente popular e influente ao longo dos séculos.

A King James tende mais para uma tradução literal na qual a ênfase é colocada em traduzir as palavras e frases do texto original tão diretamente quanto possível para o inglês. Isso contrasta com as abordagens de tradução dinâmica que se concentram mais em traduzir os significados e as ideias do texto original, adaptando-os para que soem mais naturais na língua de chegada.

Para o Antigo Testamento, os tradutores da King James utilizaram principalmente o Texto Massorético, uma tradição manuscrita do texto hebraico. Para o Novo Testamento, eles se basearam no Textus Receptus, uma compilação do texto grego do Novo Testamento que estava disponível na época.

Embora a crítica textual tenha avançado significativamente desde então, com o descobrimento de manuscritos mais antigos e confiáveis, como os Papiros de Rylands e os Manuscritos do Mar Morto, a Versão King James não se beneficiou diretamente dessas descobertas, já que elas ocorreram séculos depois de sua publicação.

As opiniões sobre a Versão King James variam entre os teólogos. Muitos a elogiam por sua beleza literária e fidelidade ao texto original. Alguns, como J.I. Packer, têm defendido sua importância e impacto duradouro na cristandade anglofônica. No entanto, outros críticos argumentam que a linguagem arcaica e as decisões de tradução baseadas em manuscritos menos precisos podem às vezes obscurecer o significado do texto para o leitor moderno.

Apesar dessas críticas, a Versão King James permanece uma das traduções bíblicas mais amadas e respeitadas, um testemunho de sua importância histórica e literária. Sua influência na língua inglesa, na literatura e na cultura religiosa é imensa, tornando-a uma peça central não apenas no estudo teológico, mas também no patrimônio cultural anglo-saxão.

A Versão King James da Bíblia, finalizada em 1611, é reconhecida por sua tentativa de equilibrar a fidelidade ao texto original com a linguagem da época. Adotando uma abordagem mais literal na tradução, foi baseada nos manuscritos então disponíveis, sem acesso às descobertas textuais mais recentes. Enquanto a King James é respeitada por sua contribuição histórica e linguística, as opiniões sobre sua precisão e utilidade variam entre os estudiosos. Sua influência na cultura e na religião inglêsa é ampla, mas as avaliações sobre sua qualidade de tradução são mistas, refletindo um reconhecimento de seu papel significativo, porém com ressalvas quanto a sua aplicabilidade contemporânea.

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